quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

VENHA NAVEGAR A BORDO DO AVOANTE NAS ÁGUAS DA BAHIA

    Uma ótima oportunidade para quem quer realizar belos passeios pela Bahia a bordo do veleiro Avoante, de meus amigos Nelson e Lúcia. Foi a bordo desse veleiro que fiz a travessia Recife-Noronha.
    Nelson e Lúcia são Capitães-amadores com muitas milhas navegadas, e estão passando um tempinho na Bahia, pois o Mar é a casa deles. Então, aproveitem essa oportunidade de convívio com esse casal nota 10 para conhecer os recantos da Bahia. E, além do passeio, esse casal tem muito a ensinar sobre navegação, vida a bordo, planejamento de cruzeiro e muito mais.
     O Avoante é um velamar 33 muito bem equipado e aconchegante. A comandante Lúcia é conhecida por toda a costa brasileira devido a seu cardápio de primeira linha, com seus pratos caprichados, quitutes, doces, etc. O Capitão Nelson, além de navegador é também poeta,  escritor e fotógrafo.
     Segue abaixo o texto preparado por Nelson, incluindo as opções de passeio:


CHARTER NO AVOANTE

SEJA BEM VINDO A BORDO DO SEU SONHO

                                   Navegar em um veleiro é uma das grandes paixões do homem e sair por ai livre, leve e solto ao sabor dos ventos é um sonho que habita mentes e corações. Ancorar naquela ilha deserta, margear as praias mais selvagens, viver em contato extremo com a natureza, cruzar os mares do mundo sem pressa e sem destino, seguir as estrelas e se encantar com a magia que somente o mar é capaz de oferecer. Nada se compara a um cruzeiro a bordo de um veleiro, em que somos dono do nosso destino. Venha viver um pouco daquele sonho que há muito promete dar um novo rumo a sua vida. Venha conhecer como é a vida a bordo de um veleiro de oceano. Venha ver como a vida pode ser vivida de um jeito mais leve e extraordinário. Venha conhecer o mundo maravilhoso que existe além da sua imaginação. Venha navegar com a gente a bordo do Avoante, numa navegada sem a companhia dos males que faz você correr a troco de nada. Venha viver o seu sonho em roteiros maravilhosos e encantadores na Baía de Todos os Santos, Camamu ou Morro de São Paulo. Venha e se surpreenda vivendo o seu sonho!
Roteiros:
Baía de Todos os Santos: Pacotes de três e cinco dias: Itaparica/Rio Paraguaçu/Salinas da Margarida/Ilha do Frade/Loreto/Ilha do Bom Jesus/Ilha de Maré/Madre de Deus/Ilha Maria Guarda/Praia de Mutá/Ilha do Cal/Fonte do Tororó e muito mais que a Baía de Todos os Santos tem a oferecer.
Baía de Camamu: Pacote de uma semana na terceira maior baía do Brasil, mas, sem sombra de dúvidas, envolvida em uma áurea de magia e encantamentos que não existe em lugar nenhum do mundo. Em Camamu o tempo é medido pelas marés de enchente e vazante e assim a vida vai sendo levada por lá.
Morro de São Paulo: Pacotes de três dias ou uma semana, navegando pelos canais do mais famoso point da costa do dendê.  

Para maiores informações entre em contato: Telefone: 84-99721027
                                                                      Email: avoante1@hotmail.com
                                                                     Blog: diariodoavoante.wordpress.com




domingo, 27 de janeiro de 2013

LONGITUDE - UMA LONGA DESCOBERTA


    Nossos patrícios navegantes portugueses foram mesmo os grandes desenvolvedores da Navegação Astronômica. A escola de Sagres, fundada pelo Infante Dom Henrique no início do século XV,  foi o marco inicial de todo esse movimento, em que os navegantes se propuseram a navegar em mares longínquos, bem distante de qualquer ponto em terra.
     No início, todos os estudos se voltaram para a determinação da latitude, através do movimento aparente do Sol (teoria geocêntrica). Então, surgiram as primeiras tábuas de declinação do Sol, o que permitia calcular a latitude pela passagem meridiana. A determinação da longitude foi por muitos anos atribuída através da navegação estimada, quando o navegante sai de um ponto conhecido e, em função dos rumos e distâncias navegadas ele calcula sua longitude aproximada, no entanto, esse processo vai se tornando cada vez mais impreciso em função dos desvios causados pelas correntes marítimas e outros fatores.   
    Nessa época em que a longitude era ainda um mistério a ser desvendado, os navegantes utilizavam muitas vezes a navegação por paralelo, onde ao saber as coordenadas do ponto de destino, navegava-se até o paralelo da latitude desse ponto, e seguia-se no rumo de 90º ou 270º até atingir o local de destino.
     Para se obter então a precisão da longitude, era necessário estabelecer um meridiano de referência, e a partir daí, conseguir um cálculo preciso de tempo envolvendo o instante da observação de um astro com referência a esse meridiano. Daí a necessidade de um cronômetro com um bom nível de precisão, o que só foi possível em 1761 pelo inglês John Harrison. No entanto, os cronômetros só se tornaram disponíveis a muitos navegantes no final do século XVIII, devido ao alto custo.
    O primeiro método usado para determinação da longitude foi o método de distâncias lunares, que requeria cálculos complexos e não apresentava muita precisão. Porém, foi utilizado por muito tempo, porque bastava um relógio mecânico confiável mesmo por curto período de tempo. Falarei sobre esse método em outro texto. Como eu já havia indicado aqui no blog, sugiro a quem queira estudar mais detalhes, ler o trabalho do cmte Altineu Miguens: A CIÊNCIA E A ARTE DA NAVEGAÇÃO disponibilizado pela Marinha do Brasil.

D. Henrique, criador da famosa Escola de Sagres, entidade que deu início ao ciclo das grandes navegações portuguesas
INFANTE D. HENRIQUE, O NAVEGADOR.
     
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VOLTA DA GUINÉ OU VOLTA DA MINA

         Na época do Infante Dom Henrique, fundador da escola de Sagres, quando seus comandantes regressavam das expedições realizadas pela costa oeste da África, descobriu-se que ao chegarem na costa da guiné ou da fortaleza de São Jorge da Mina, a melhor forma de navegar, aproveitando os ventos e correntes seria guinar para oeste, onde se beneficiariam com os alísios de nordeste (hemisfério norte). Depois, seguindo o rumo noroeste até encontrar os ventos de oeste, quando guinariam para leste, navegando com vento a favor até a latitude desejada em direção à Lisboa.
          A essa manobra foi dado o nome de Volta da guiné ou volta da mina, também conhecida como volta do largo. Foi a partir daí que a navegação astronômica se tornou uma grande necessidade, pois até então, praticava-se mais a navegação costeira.
 

PRINCIPAIS CORRENTES OCEÂNICAS

CIRCULAÇÃO DA ATMOSFERA

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

MAIS CHUVA PELA FRENTE

Veja o que diz a última previsão elaborada pelo CPTEC:

A previsão para os próximos dias é de aumento das chuvas para a Região Nordeste, principalmente sobre a faixa leste da BA, onde podem ocorrer acumulados significativos de chuva. Esta mudança se deve ao deslocamento da convergência para norte, que passará também afetar o tempo a partir de hoje (17/01) sobre o ES e no centro-norte e leste de MG. O modelo ETA 15km indica os maiores valores de chuva para este setor. Para 24 horas, são previstos volumes superiores a 60 mm na costa do ES e sul da BA. Os modelos GFS e BRAMS também preveem acumulados nestes estados. O T299 indica os maiores volumes para o ES em 24h e no PI em 48h. As previsões em conjunto indicam que esta situação deverá persistir nos próximos 10-15 dias, com cenário positivo para chuva no interior do Nordeste, inclusive em algumas áreas do sertão semi-árido. As áreas que deverão ser menos atingidas pelas chuvas são o CE, RN, faixa leste de PE e da PB, AL e SE. A partir do final de semana a chuva diminui em grande parte do Sudeste, apenas no norte do MG, ES e norte do RJ o tempo ainda ficará mais instável. Na faixa litorânea entre as Regiões Sul e Sudeste o tempo ficará com nebulosidade variável e chance para chuvas isoladas, devido à circulação do anticiclone marítimo. <br> Elaborado pelo Meteorologista Henri Pinheiro


SWELL PROVOCA NAUFRÁGIOS EM NORONHA


"O Porto de Santo Antonio, na Ilha de Fernando de Noronha, foi interditado nesta quarta-feira (16) depois de fortes ondas terem afundado na noite de terça-feira (15) cinco barcos que estavam ancorados no local. Gigantes, as ondas foram provocadas por um fenômeno chamado "swell", resultado da propagação da energia de uma grande tempestade oceânica em forma de ondas. A tempestade que gerou este swell teve origem na costa dos Estados Unidos e se propagou para o Atlântico Sul.
Para evitar danos, outros 10 barcos, que estavam na faixa de areia do Porto, foram removidos por homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, moradores e proprietários das embarcações, e transferidos para a Praia do Sueste, do outro lado da ilha.
De acordo com o administrador geral da ilha, Romeu Neves Baptista, as ondas atingiram mais de cinco metros, chegando a cobrir o molhe do Porto. Ninguém ficou ferido. "Os danos foram apenas materiais", afirmou ele ao avaliar a importância da reforma realizada há um ano e meio - reforço e ampliação do molhe - para enfrentar o fenômeno. "A intensidade deste swell foi a maior registrada nos últimos dois anos, mas a obra resistiu bem". Naufragaram as embarcações Mar da Amônia, Juca II, Bita I, Jota Pelaça e Sabinos. A previsão é que o fenômeno comece a diminuir a intensidade a partir de quinta-feira (17)." - Diário do Grande ABC.

O QUE É UM SWELL

     Quando o vento sopra continuamente em determinado ponto do Mar, o Mar começa a ficar encrespado e daí surgem as vagas, que são ondas desordenadas. Essas vagas vão se afastando do local de origem e se transformam em ondas regulares que se propagam por muitas milhas até chegarem num local de arrebentação, seja numa costa ou ilha. Essas ondas são os Marulhos ou Swell.
     Nesse caso de Noronha, essas ondas viajaram desde a costa leste dos Estados Unidos. Esse fenômeno costuma acontecer no Verão do hemisfério Sul. Provavelmente, o fenômeno originou-se de algum movimento ciclônico próximo aos Estados Unidos, o que é comum nessa época de inverno no hemisfério norte.
 
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FOTOS DE LEO VERAS E ALEXANDRE MAOMÉ
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A ZCAS CONTINUARÁ FORTE NOS PRÓXIMOS DIAS

Muita chuva pela frente é o que prometem as previsões. A Zona de Convergência do Atlântico Sul continua intensa, com muita nebulosidade. Quem quiser curtir o lago Paranoá sob uma chuvinha fria, a hora é essa.

Do CPTEC:
Nos próximos dias (14 à 20/01) a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se manterá ativa pelo interior do Brasil, mantendo um canal de umidade do Sudeste ao Norte do país. Este sistema tem o suporte de um cavado em altitude, que intensificará instabilidade entre as Regiões Sul e Sudeste. Entre hoje e terça-feira haverá condição para chuva intensa e acumulados significativos no interior de SP, podendo atingir também o norte do PR e leste de MS. A chuva intensa também atingirá áreas do Centro-Oeste e Norte do país. Entre quarta e quinta-feira o cavado em altitude avança para norte, deslocando a ZCAS em direção ao RJ e MG. Nesta semana o tempo ficará mais seco na Região Sul, mas entre SC e PR deverão ocorrer pancadas de chuva, principalmente a partir da tarde. Há algumas diferenças importantes entre os modelos. O global do CPTEC (T299), por exemplo, prevê volumes significativos na faixa leste de SP na terça-feira e mantém sobre o Vale do Paraíba e sul do RJ na quarta e quinta-feira. O regional ETA 15 km indica a chuva mais forte sobre o litoral sul de SP, semelhante ao modelo inglês UKMET. Já o GFS prevê os maiores volumes para o sudoeste, centro e oeste de SP na terça-feira e no leste do estado para a quarta-feira. Mais próximo do final de semana espera-se um aumento das chuvas sobre a faixa norte de MG, ES e interior da BA, devido o deslocando da ZCAS para o norte. <br> Elaborado pelos Meteorologistas Olivio Bahia do Sacramento Neto e Henri Pinheiro

ANÁLISE SINÓTICA:

Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z do dia 14/01/2013, destaca-se a
presença da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que se estende desde o estado do
MT, atuando pelas demais áreas das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e o Oceano Atlântico Sul.
Este sistema favorece a convergência de umidade desde a Amazônia ao Atlântico, que provoca
o desenvolvimento de muita nebulosidade (ver imagem de satélite) e favorece a ocorrência de
altos índices pluviométricos sobre as áreas de atuação. Observa-se um sistema frontal
estacionário sobre o leste da província de Buenos Aires (Argentina) e Atlântico, por onde se
estende a sudeste como sistema frontal frio. Um anticiclone migratório pós-frontal atua na
retaguarda deste sistema, com núcleo pontual de alta pressão de 1022 hPa centrado em
43S/59W. O padrão de circulação da borda oeste deste anticiclone predomina sobre a porção
leste da Argentina, ao sul de 40S. Outro sistema frontal atua ao sul de 50S e entre 70W-90W
no Oceano Pacífico. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem núcleo principal a leste de
30W, com valor de 1027 hPa (fora do domínio desta análise). Percebe-se núcleos pontuais de
alta pressão relativa de 1018 hPa, sobre o Atlântico adjacente ao Uruguai e Região Sul do
Brasil, que também estão associados à ASAS. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) possui
núcleo de 1024 hPa posicionado em 41S/86W e atua com uma crista sobre o sul do Chile. A
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila entre 07N/04N sobre o Pacífico e entre
05N/01N sobre o Atlântico.
Elaborado pelo Meteorologista José Paulo Gonçalves





sábado, 12 de janeiro de 2013

CCN 2013 - E LÁ VAI O AVOANTE

      A turma de Natal é mesmo muito animada! Bravos velejadores que encaram os Alísios, bem ali onde o vento faz a curva! E nessa turma animada o casal Avoante é presença marcante.
      A turma de Natal organizou juntamente com amigos de Recife o Cruzeiro Costa Nordeste 2013. E, lá estão todos no Mar com destino a Maceió. Nelson e Lúcia (Casal Avoante) devem estender a velejada até Salvador, pra matar saudade das águas da Bahia.
     Pra acompanhar o Avoante é só seguir aqui o SPOT DO AVOANTE.
     Bons Ventos pra essa turma que tem água do mar correndo pelas veias!


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

OBSERVAÇÕES DE ARISTÓTELES

     Por muitos anos a humanidade acreditava que a Terra era plana, que no horizonte havia um grande abismo onde os barcos que seguiam mar adentro despencavam nesse abismo. Havia os que acreditavam apenas que a Terra era um plano infinito, ou mesmo que seria plana e que realmente existiam os quatro cantos da terra.
     Aristóteles (384 a.c - 322 a.c) trouxe uma grande contribuição para o conhecimento da forma da Terra. Através de seus estudos, ele afirmou que a sombra da Terra projetada na Lua durante um eclipse lunar era sempre circular, o que justificaria dizer que a Terra não era um plano. Ele observou também que quando uma embarcação seguia mar adentro até sumir no horizonte, primeiro desaparecia o casco da embarcação, depois seu mastro, o que o levou a concluir que se a Terra fosse plana o barco iria se tornando pequeno no horizonte e sumindo aos poucos por inteiro.
   Aristóteles também observou que em latitudes diferentes a configuração do céu noturno modificava conforme o lugar. Todas essas observações sugeriam que a Terra era mesmo um globo e não um plano.
    Ele só não imaginava o quanto era bonito de se ver nosso planeta Azul!

Terra
Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemento terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Na sacada dos sobrados
Da velha são Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!