segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A ZCAS CONTINUARÁ FORTE NOS PRÓXIMOS DIAS

Muita chuva pela frente é o que prometem as previsões. A Zona de Convergência do Atlântico Sul continua intensa, com muita nebulosidade. Quem quiser curtir o lago Paranoá sob uma chuvinha fria, a hora é essa.

Do CPTEC:
Nos próximos dias (14 à 20/01) a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se manterá ativa pelo interior do Brasil, mantendo um canal de umidade do Sudeste ao Norte do país. Este sistema tem o suporte de um cavado em altitude, que intensificará instabilidade entre as Regiões Sul e Sudeste. Entre hoje e terça-feira haverá condição para chuva intensa e acumulados significativos no interior de SP, podendo atingir também o norte do PR e leste de MS. A chuva intensa também atingirá áreas do Centro-Oeste e Norte do país. Entre quarta e quinta-feira o cavado em altitude avança para norte, deslocando a ZCAS em direção ao RJ e MG. Nesta semana o tempo ficará mais seco na Região Sul, mas entre SC e PR deverão ocorrer pancadas de chuva, principalmente a partir da tarde. Há algumas diferenças importantes entre os modelos. O global do CPTEC (T299), por exemplo, prevê volumes significativos na faixa leste de SP na terça-feira e mantém sobre o Vale do Paraíba e sul do RJ na quarta e quinta-feira. O regional ETA 15 km indica a chuva mais forte sobre o litoral sul de SP, semelhante ao modelo inglês UKMET. Já o GFS prevê os maiores volumes para o sudoeste, centro e oeste de SP na terça-feira e no leste do estado para a quarta-feira. Mais próximo do final de semana espera-se um aumento das chuvas sobre a faixa norte de MG, ES e interior da BA, devido o deslocando da ZCAS para o norte. <br> Elaborado pelos Meteorologistas Olivio Bahia do Sacramento Neto e Henri Pinheiro

ANÁLISE SINÓTICA:

Na análise da carta sinótica de superfície da 00Z do dia 14/01/2013, destaca-se a
presença da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que se estende desde o estado do
MT, atuando pelas demais áreas das Regiões Centro-Oeste, Sudeste e o Oceano Atlântico Sul.
Este sistema favorece a convergência de umidade desde a Amazônia ao Atlântico, que provoca
o desenvolvimento de muita nebulosidade (ver imagem de satélite) e favorece a ocorrência de
altos índices pluviométricos sobre as áreas de atuação. Observa-se um sistema frontal
estacionário sobre o leste da província de Buenos Aires (Argentina) e Atlântico, por onde se
estende a sudeste como sistema frontal frio. Um anticiclone migratório pós-frontal atua na
retaguarda deste sistema, com núcleo pontual de alta pressão de 1022 hPa centrado em
43S/59W. O padrão de circulação da borda oeste deste anticiclone predomina sobre a porção
leste da Argentina, ao sul de 40S. Outro sistema frontal atua ao sul de 50S e entre 70W-90W
no Oceano Pacífico. A Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) tem núcleo principal a leste de
30W, com valor de 1027 hPa (fora do domínio desta análise). Percebe-se núcleos pontuais de
alta pressão relativa de 1018 hPa, sobre o Atlântico adjacente ao Uruguai e Região Sul do
Brasil, que também estão associados à ASAS. A Alta Subtropical do Pacífico Sul (ASPS) possui
núcleo de 1024 hPa posicionado em 41S/86W e atua com uma crista sobre o sul do Chile. A
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) oscila entre 07N/04N sobre o Pacífico e entre
05N/01N sobre o Atlântico.
Elaborado pelo Meteorologista José Paulo Gonçalves





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