sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

LIVRO DIÁRIO DO AVOANTE EM BRASÍLIA



 Caros navegantes,
Estou com alguns exemplares do livro DIÁRIO DO AVOANTE do cmte Nelson Mattos Filho, Capitão Amador, velejador de cruzeiro que mora a bordo de seu veleiro de 33 pés há 8 anos com sua esposa Lúcia, também habilitada como Capitã Amadora. Muitos já conhecem esse magnífico casal que explora os recantos desse litoral fazendo amizades eternas. O Capitão Nelson tem alunos espalhados por boa parte do Brasil. Ele ministra cursos personalizados a bordo do Avoante onde seus alunos aprendem a arte de navegar e de viver a bordo de um veleiro. Nada mais gratificante do que aprender com quem vive no Mar e para o Mar.
Pretendemos em breve realizar o lançamento do livro aqui em Brasília. O livro já está na 2ª edição com tão pouco tempo de vida, pois a primeira esgotou rapidinho. Já foram realizados lançamentos do livro na Refeno 2013, em Natal e Salvador.
Para quem quer conhecer mais sobre as coisas do Mar, da vida a bordo de um veleiro, da arte de planejar uma velejada de dias no mar, dos recantos desse nosso litoral, das histórias dos povos do Mar, não pode deixar de ler esse livro que é fruto dessa longa experiência do casal Avoante, Nelson e Lúcia.

Preço do livro – 50,00 

Contato – (61) 81547380 TIM
                         98221820 VIVO

Capitão Mucuripe.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

COMO CALCULAR A ALTURA DE UMA ESTRELA



O passo a passo para calcular a altura verdadeira de uma estrela segue a mesma sequência do que vimos no texto COMO CALCULAR A ALTURA DO SOL. Temos que primeiramente determinar o erro instrumental do sextante e aplicá-lo à altura instrumental obtida no momento da observação. Depois dessa primeira correção, teremos a altura observada, na qual aplicaremos a correção referente à depressão do horizonte (depressão aparente), que está relacionada com a altura do olho do observador, e assim teremos a altura aparente como resultado.
Obtida a altura aparente iremos consultar na tábua A2 constante no almanaque náutico qual o valor de correção a ser aplicado para chegarmos à altura verdadeira. No caso das estrelas, não há distinção entre a época do ano e nem quanto a limbo observado em que é feita a observação, como acontece com o Sol. A correção a ser aplicada leva em conta somente a refração atmosférica, pois não há correções para semidiâmetro e paralaxe para as estrelas por serem consideradas pontos no firmamento.

Meus amigos, ao invés de deixar um exemplo resolvido, gostaria de deixar o exercício abaixo para quem tiver interesse em resolvê-lo. Fico à disposição para dúvidas e comentários. Segue:

No dia 20/02/2014 um navegante observou a estrela POLLUX no crepúsculo civil vespertino obtendo a altura instrumental = 29º38,6'. Considerando erro instrumental = +3' e altura do olho = 4m, calcular a altura verdadeira.




domingo, 16 de fevereiro de 2014

O QUE É O STAR FINDER?

O Star Finder é um localizador de estrelas. Comprei há algum tempo a versão 2102-D que foi uma das atualizações da versão original de 1921, segundo o que consta no site do Museu Nacional da História Americana (link para o site). O Star Finder é composto por uma placa base de plástico onde estão representadas as 57 estrelas de uso na navegação astronômica, plotadas de acordo com suas declinações e a AR (Ascensão Reta) de cada uma; e mais 9 diagramas de latitude com linhas que representam altura e azimute; e 01 diagrama para auxiliar na plotagem dos planetas na placa base, visto que os planetas não possuem uma configuração "fixa" na esfera celeste assim como as estrelas.
A utilização do Star Finder é para que possamos fazer o preparo do céu nos crepúsculos civis matutinos ou vespertinos, ou seja, para sabermos de antemão quais serão os astros visíveis nos crepúsculos e a que altura e azimute estarão posicionados no céu, facilitando assim a identificação e a observação do astro para efeitos dos cálculos da navegação astronômica. Para que possamos utilizar tal recurso teremos que posicionar nosso zênite com a orientação do nosso meridiano em relação ao ponto vernal, bastando calcular o ângulo horário local do ponto vernal, que corresponde à nossa ascensão reta, para o instante da observação. Todo esse passo a passo está bem explicado no Capitulo 30 do livro do cmte Miguens, disponibilizado no site da Marinha (Veja o link da obra nas PÁGINAS do blog).
Hoje em dia, temos vários aplicativos para identificação dos astros, inclusive um com o nome de Star Finder. Temos o Stellarium, o Planets, e vários outros. Pessoalmente, minha preferência é o Stellarium. No entanto, da mesma forma que sou fascinado pelo uso do sextante, apesar de termos o GPS, gosto muito da idéia de praticar o preparo do céu com o uso do velho Star Finder, para mantermos viva mais essa tradição náutica, onde precisamos consultar o Almanaque Náutico e fazer alguns cálculos.
Sugiro aos interessados que estudem o capítulo 30 do Navegação: A Ciência e a Arte, do cmte Miguens.

BOAS VISADAS!




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

COMO CALCULAR A ALTURA DO SOL

Como havia dito no texto anterior, CONHECENDO O SEXTANTE quando tomamos a altura de um astro com o sextante, ainda precisaremos fazer uma série de correções em função de alguns elementos a considerar como: erro instrumental, depressão do horizonte, refração atmosférica, semidiâmetro, paralaxe. Parece muito complicado, mas na prática é muito simples, pois essas correções são tabuladas no Almanaque náutico, e desta forma basta apenas conhecer o passo a passo para aplicá-las. A descrição de cada uma dessas correções é bem detalhada no capítulo 22 do livro do cmte Miguens, conforme link abaixo.
Para calcularmos a altura verdadeira do Sol após medirmos a altura instrumental com o sextante, primeiro iremos computar o erro instrumental, que será positivo, negativo ou nulo conforme vimos no capítulo 21.  Após aplicarmos essa correção do erro instrumental teremos como resultado a altura observada que tem como referência o nosso horizonte visual e que poderá ser maior, menor ou igual à altura instrumental. O próximo passo é a correção da depressão aparente, onde consideramos que o horizonte aparente é um plano perpendicular à nossa linha Zênite-Nadir e que está situado na altura do olho do observador em relação à superfície. Então, o navegante no momento da observação deverá saber a quantos metros seus olhos estão da superfície do mar para então consultar na tábua A2 constante no Almanaque náutico qual será o valor da depressão aparente a ser subtraído da altura observada, para chegarmos então à altura aparente.
Vamos a um exemplo prático para aplicarmos o passo a passo até a altura aparente:
No dia 04/02/2014 um navegador após observar o Sol (limbo inferior) com o sextante obteve a altura instrumental igual a 34º42'. Levando em conta que o erro instrumental = + 3', a elevação do olho = 4m, qual a altura aparente do Sol?

Solução:
altura observada = 34º42' + 3' = 34º45'
Consultando a tábua A2 na coluna referente à depressão, veremos que para elevação do olho de 4m a correção será de 3,5' , então altura aparente = 34º45' - 3,5' = 34º41,5'.

A altura verdadeira tem como referência o horizonte verdadeiro, que é definido como um plano perpendicular à linha zênite / nadir e que passa pelo centro da Terra. Diante disso, temos que aplicar as correções à altura aparente.
Para calcularmos a altura verdadeira precisaremos das seguintes informações:
- data da observação (04/02/2014), limbo observado (inferior), altura aparente (34º41,5').

Então, vamos novamente na tábua A2 onde consta a informação referente aos períodos de meses out/março abril/set e selecionamos o lado correspondente ao mês da observação, nesse caso, fevereiro, que fica na primeira coluna. Entramos com o valor da altura aparente e identificamos pelo limbo observado o valor da correção a ser aplicada. Nesse caso, limbo inferior, encontraremos um valor de correção positivo. Vale ressaltar que essa correção obtida engloba os valores de refração atmosférica, semidiâmetro e paralaxe.
Na tabela existem alguns valores de altura aparente tabulados. Veremos que não existe o valor 34º41,5', mas temos faixas de valores próximos (34º17' 36º20') onde a correção equivale a + 14,9', que será o valor que somaremos à nossa altura aparente:

altura verdadeira = 34º41,5' + 14,9' = 34º56,4'

Veremos mais adiante as correções para as estrelas, lua e planetas. 

CAPÍTULO 22