domingo, 16 de fevereiro de 2014

O QUE É O STAR FINDER?

O Star Finder é um localizador de estrelas. Comprei há algum tempo a versão 2102-D que foi uma das atualizações da versão original de 1921, segundo o que consta no site do Museu Nacional da História Americana (link para o site). O Star Finder é composto por uma placa base de plástico onde estão representadas as 57 estrelas de uso na navegação astronômica, plotadas de acordo com suas declinações e a AR (Ascensão Reta) de cada uma; e mais 9 diagramas de latitude com linhas que representam altura e azimute; e 01 diagrama para auxiliar na plotagem dos planetas na placa base, visto que os planetas não possuem uma configuração "fixa" na esfera celeste assim como as estrelas.
A utilização do Star Finder é para que possamos fazer o preparo do céu nos crepúsculos civis matutinos ou vespertinos, ou seja, para sabermos de antemão quais serão os astros visíveis nos crepúsculos e a que altura e azimute estarão posicionados no céu, facilitando assim a identificação e a observação do astro para efeitos dos cálculos da navegação astronômica. Para que possamos utilizar tal recurso teremos que posicionar nosso zênite com a orientação do nosso meridiano em relação ao ponto vernal, bastando calcular o ângulo horário local do ponto vernal, que corresponde à nossa ascensão reta, para o instante da observação. Todo esse passo a passo está bem explicado no Capitulo 30 do livro do cmte Miguens, disponibilizado no site da Marinha (Veja o link da obra nas PÁGINAS do blog).
Hoje em dia, temos vários aplicativos para identificação dos astros, inclusive um com o nome de Star Finder. Temos o Stellarium, o Planets, e vários outros. Pessoalmente, minha preferência é o Stellarium. No entanto, da mesma forma que sou fascinado pelo uso do sextante, apesar de termos o GPS, gosto muito da idéia de praticar o preparo do céu com o uso do velho Star Finder, para mantermos viva mais essa tradição náutica, onde precisamos consultar o Almanaque Náutico e fazer alguns cálculos.
Sugiro aos interessados que estudem o capítulo 30 do Navegação: A Ciência e a Arte, do cmte Miguens.

BOAS VISADAS!




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