Participei
recentemente de uma travessia de Salvador a Recife a bordo do catamarã
Tranquilidade entre os dias 01 a 06 de setembro/2014. Foi uma navegada pra lá
de confortável e de alto astral, pois a tripulação esteve de bom humor
durante toda a viagem. Vou dividir o texto em tópicos para abordar vários
aspectos envolvidos numa navegação desse tipo.
Salvador
Salvador
foi o ponto de encontro, especificamente na Marina Angra dos Veleiros, um local
muito acolhedor na ribeira, com poucos barcos e um visual muito bonito. O
veleiro Tranquilidade foi para a regata Aratu-Maragogipe, e de lá voltou para
reunir a tripulação que faria a travessia Salvador/Recife.
Salvador
é uma beleza com todos os seus contrastes. Até chegar na Ribeira passamos por
bairros ricos e pobres da cidade. Mas, essa cidade tem um astral diferente.
Sempre que chego em Salvador me sinto em casa, e é que sou cearense, devo ter
um pouco de baianice na veia. O amigo Nelson do Avoante nos levou para dar uma
volta no Comércio, na igreja do Bonfim, e na segunda-feira almoçamos um cozido
na Ribeira, na praia da piriguete, que é o melhor da Bahia, assim como o sorvete da Sorveteria da Ribeira.
Compras
para a viagem
O planejamento sobre o que levar em
relação à alimentação se deu de uma forma bem democrática. Cada um deu seu
palpite do que queria comer ou beber, e lá fomos nós com uma lista que encheu
04 carrinhos de compras para garantir a sobrevivência dos 07 tripulantes. Frutas,
legumes, massas, carnes, peixes, cerveja, sucos, refrigerantes, biscoitos,
pães, massa de tapioca, cuscuz (o carro chefe), presunto, queijo, leite,
etc. Não faltou nada, na verdade, sobrou. O Nelson nos levou até o mercado, mas
as compras não iriam caber no seu carro, aí chamamos um outro que foi arriado
de tanto peso até a Marina.
O veleiro Tranquilidade
Não
poderia haver nome melhor para esse barco que navega tranquilo, mesmo em ventos
mais exaltados. Trata-se de um BV 43 espaçoso, bem equipado, com boa
autonomia de combustível, água doce, eletricidade. Tem geladeira, freezer, tv,
até ar condicionado, mas não usamos, afinal somos marinheiros rudes.
Comandante
Flávio
Alcides, Grande comandante, quem vê pensa que é um bruto, mas é um cara grandalhão
de coração mole, mais do que comandante, um pai dos seus marujos velhos e
novos. Um fera na cozinha (vou falar mais na seção gastronomia). Manteve o
astral da tripulação pra cima o tempo todo, principalmente quando nos chamava
para saborear seu café da manhã CINCO estrelas. Fizemos boas
cantorias, com meu violão e um tam-tam que ele me designou para comprar
em Salvador. E sua frase dita durante as fainas a bordo para içar e arriar velas: "Olha pra mim, porra!"....kkkk
Tripulação
Foi
uma tripulação bem diversificada. Myltson (ponpom), eu já conhecia de vista de
Natal, velho marujo. O amigo Wilson Chinali, lá de João Pessoa, apaixonado por
navegação. Fernando, que não conhecia ainda, lá de Natal. Maurício, que
conhecia por email, colega de trabalho, só que de Recife. Artur, amigo aqui de
Brasília, também colega de trabalho. E, eu, que vos escreve há tempo nesse
blog, munido com meu sextante e tábuas de navegação para praticar a navegação
astronômica, que é minha cachaça.
Continua....
Essa história promete!! Ói, óia pra mim PPPPP!!! abç
ResponderExcluirwilson
Já tô terminando a 2ª parte meu amigo Wilson.
ExcluirGrande abraço, capitão!