O QUE FALAR DA REFENO?

    Agora posso dizer que fui batizado no Mar, sou um aprendiz de marujo. E, já estou com muita saudade do Mar! Foram 66 horas de velejada, das quais fiquei mareado e com muito enjôo, agonizando pelo menos 48 horas. Fiz o que todo marinheiro de primeira viagem que se preze fez ou fará, teimei em não tomar um remédio pra segurar o enjôo. Aí, quando começou, já era tarde pra remédios.
    E no terceiro dia eu estava novinho em folha, e pude contemplar a imensidão do Mar, a imensidão da Noite Estrelada no Mar. E percebi o quanto somos pequenos pretensos marinheiros. Estávamos ali no valente AVOANTE naquela imensidão azul. Nelson e Lúcia, Capitães de muitas milhas navegadas, Maurício e China, já batizados pelo Mar, e Eu, na minha primeira navegação oceânica.
    Chegar em Noronha é encontrar o Paraíso. Só mesmo estando lá, pois fotos e vídeos não dizem nada do que é realmente estar lá. Mas, ajudam a manter a lembrança dos bons momentos. Pois, o melhor da REFENO é estar com os amigos, tocar violão na casa do Ricardo, na casa do Carlinhos, comer uma peixada no barco do Tonho com a turma de Natal, fazer uma prece na Capela de São Pedro, andar sem rumo e sem pressa pelas trilhas de Noronha, e contemplar o MAR!